4 dicas para desenvolver a criatividade em sala de aula

Veja algumas estratégias que ajudam estudantes a desenvolver a criatividade, uma competência essencial para os dias de hoje.

Valorizamos a criatividade por ser uma competência que nos ajuda a compreender e facilitar a vida e como toda competência, quando mais treinamos, mais a aprimoramos. Criar é o último nível da taxonomia dos objetivos de aprendizagem, de Benjamin S. Bloom, por ser a mais desafiante pois a pessoa precisa usar todas as suas habilidades cognitivas para criar algo novo.

A criatividade começa com a imaginação e, como a história nos mostra, muitas das coisas que foram imaginadas anos atrás, existem hoje de alguma forma. Vimos muitas destas imaginações em séries e filmes de ficção científica se tornarem realidade, ou ainda conhecemos histórias como a de Ada Lovelace, que criou a primeira linguagem de programação antes mesmo de existirem computadores. Para ilustrar, veja algumas das previsões sobre o futuro feitas na virada do século XIX/XX:

Seria esta a primeira chamada em vídeo imaginada por alguém?
A primeira ideia do que seria o aspirador de pó! Hoje já existem robôs que fazem tudo sozinhos!
As preocupações com o trabalho sendo substituído por máquinas
A imagem é assustadora, mas se pensarmos que o conteúdo dos livros está sendo transmitido por podcasts e vídeos percebemos o quão próxima da realidade essa imagem está!

Tudo isso para mostrar o quão poderoso é o exercício de imaginação e que podemos desenhar experiências de aprendizagem com apoio de ferramentas para que estudantes tenham voz e escolha para criar. Veja algumas dicas de como fortalecer a criatividade em sala de aula:

  1. Estabeleça atividades de aprendizagem que permitam aos alunos explorar sua criatividade. Um exemplo prático é: entregar diferentes rochas e pedir para que os(as) estudantes a classifiquem por cor, nível de dureza e forma, como complemento do conteúdo abordado pelo(a) professor(a). É possível fazer um exercício com outros elementos, para assuntos diferentes – dentro e fora da sala de aula.
  2. Valorize, celebre e reconheça a criatividade. Um caminho possível é pedir para que as pessoas desenhem formas geométricas e depois as conectem com espaços fora da escola, que são importantes para cada uma delas. Ou ainda transformar os seus desenhos em coisas que elas amem e assim nascem robôs, foguetes, cavalos etc.
  3. Ensine outras habilidades que favoreçam a criatividade. Como vimos, criar é o nível mais desafiante da taxonomia de Bloom. Vale promover exercícios que façam com que os estudantes avaliem, apliquem e analisem um determinado conceito antes de criarem algo a partir dele. Você pode propor um experimento, deixando que o(a)s estudantes façam testes, como por exemplo perguntar “será que só a água congela?” e propor para que descubram quais outros elementos congelam. Depois eles(as) compartilham em aula suas descobertas. A discussão faz com que aprimorem a escuta ativa (essencial para analisar) e o pensamento crítico.
  4. Dê aos alunos espaço e uma estrutura na qual eles possam ser criativos, sem restrições. Promova desafios surreais para que trabalhem a criatividade, como criar uma peça a partir de um livro, fazer com que criem o figurino e cenário e incluir elementos que não fazem sentido no contexto do livro, como zumbis e televisores em uma peça de Machado de Assis.

Nós aprendemos fazendo!

Imaginação e criatividade são as características que alimentam o futuro. Servem para inspirar e devem estar integrados em todas as partes do aprendizado. Ao planejar e projetar o aprendizado para estudantes, sabemos: Ensinar estudantes a pensar é mais importante do que ensinar o que pensar.

O que você faz para estimular a criatividade entre seus(suas) aluno(a)s? Conta pra gente!

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